sexta-feira, setembro 9

Kia revela novas imagens do conceito GT


A Kia colocou na rede mais imagens do conceito GT, um sedã de quatro portas com jeitão de cupê, idéia que foi iniciada pela Mercedes-Benz com o lançamento do CLS. O modelo que será apresentado no Salão de Frankfurt, agora ganhou imagens do seu interior - ainda de conceito - mas que dá uma idéia do que a marca sul-coreana deseja para o habitáculo.

O conceito também mostrou as portas suicidas, onde as portas traseiras abrem para trás e não para frente. Quanto às especificações técnicas do carro, a marca anunciará apenas durante o Salão em Frankfurt, mas a julgar pelo seu porte, é possível que ele utilize a mesma plataforma do Cadenza. De certo sobre o modelo apenas o fato de que ele terá tração traseira.


FONTE:UolCar

quinta-feira, setembro 1

Peças de automóveis viram arte.



Se pudessem, alguns aficionados enfeitariam as paredes de casa com seus carros. O artista plástico paulistano Magoo Felix levou o desejo ao pé da letra e se  especializou em produzir obras com peças automotivas que hoje enfeitam galerias de arte. São capôs, rodas e escapamentos pintados com efeitos tridimensionais e esculturas que podem custar de 1500 a 40000 reais. Em janeiro, as obras foram expostas na mostra Karkaça, na galeria Choque Cultural, em Pinheiros, e em maio um de seus exemplares estava na feira de galerias SPArte. A incursão nesse universo começou em 1997, quando ele passou a customizar pinturas de carros. 

Para o artista, o automóvel é uma tela. Muitos desenhos parecem em relevo. Outros acompanham as linhas do carro e o formato das peças. Os efeitos são obtidos com o aerógrafo, uma caneta que espirra tinta por meio de ar comprimido. 

Segundo Baixo Ribeiro, um dos proprietários da galeria Choque Cultural, à qual pertence o artista, a aerografia é um dos diferenciais de Magoo. "Ele conseguiu aliá-la à sua criatividade, influências e experimentações", diz Ribeiro. O gosto pela temática automobilística vem de casa. Ele começou customizando o carro de seu irmão, que é piloto na categoria de dragsters, carros com potentes motores para arrancada. "Como são muito rápidos, os veículos precisam ter uma pintura marcante para a pessoa ver e não esquecer", afirma Roberto Moreno, que teve seu Chevelle Malibu 1968 assinado por Magoo e gastou cerca de 20000 reais no serviço, cujos preços variam entre 10000 e 30000 reais. 

A principal inspiração do artista vem de uma cultura iniciada na década de 50, na Califórnia, a Kustom Kulture. Os desenhos também recebem influência do rock ’n’ roll e da tatuagem. "O Magoo é um típico representante dessa cultura californiana", afirma o bancário Renato Oliva, um dos colecionadores. Oliva pagou cerca de 5000 reais pela peça Learn to Fly, que enfeita o mezanino onde costuma receber amigos - e quer outras. 

Alguns itens das esculturas são comprados em autopeças e montadoras. Outros ele garimpa em ferros velhos. Mas a maior parte vem dos carros da oficina em que realiza a maior parte de seus trabalhos, a Pro Power. Para finalizar sua obra, Magoo conta com uma equipe digna de oficina automotiva. São funileiros, soldadores, preparadores, pintores, costureiros e até restauradores. Em geral as peças são lixadas, pintadas e recebem verniz e polimento. Os itens antigos exigem limpeza e restauração. 

A peça mais trabalhosa que ele já assinou foi uma miniatura inspirada no Ford 1932 construída do zero e batizada de Velocity Kid. Vendido por 40000 reais, o projeto levou oito meses. Sua última obra foi outro carrinho, mas de pipoca. Batizado de PipoKustom, foi exibido na SP-Arte. Durante a mostra, o chef Alex Atala, dono do restaurante D.O.M, fez pipocas para o público. Atala tem duas peças do artista. Um capô do Fiat Linea avaliado em 10000 reais e uma escultura de um escapamento americano de inox de 6000 reais. "Se pensar que criar é colocar os conhecimentos da sua vida inteira de forma inesperada, o Magoo está de parabéns", diz o chef.



ORIGEM 

A Kustom Kulture nasceu do desejo de construir carros para competir em corridas de rua. Normalmente eram veículos antigos, como os Ford de 1928 a 1934, por causa do baixo custo de mercado. Esses carros passavam por diversas modificações para melhorar o desempenho e alguns chegavam a ganhar pinturas para intensificar a sensação de agressividade das máquinas.

PEÇA DE COLEÇÃO 
Assim que colocou os pés na exposição Karkaça, em janeiro, o colecionador Renato Oliva afirma ter sido imediatamente atraído pela escultura Learn to Fly, que comprou por cerca de 5000 reais. A peça hoje enfeita o mezanino de sua casa, entre outras peças raras. 
RODA DECORATIVA Um aro de roda preso a um eixo giratório permite explorar todas as particularidades dos desenhos aplicados. Tanto na sua parte externa como em uma placa de metal escovada instalada dentro da peça. MINIATURA DE FORD Carrinho construído do zero por Magoo e sua equipe, é a versão do artista para um dos ícones da Kustom Kulture, o Ford 1932. Em oito meses de estudos e trabalhos intensos, muitas das peças tiveram de ser produzidas à mão pela equipe. 
FACE-LIFT NA GRADE Nesta escultura, a grade de um Ford 1932 foi substituída por outra nos moldes de uma teia de aranha. Os vários desenhos espalhados pela peça receberam polimento automotivo. 
PIPOCA ESTILOSA As rodas aro 20 são de bicicleta e ganharam manualmente 144 raios cada uma. A pintura recebeu uma tinta especial chamada metal flake, que contém partículas de gliter. E os cuidados não param por aí: os puxadores de metal são italianos, usados originalmente em portões ornamentais. 
CARA DE MAU O Chevelle Malibu 1968 assinado por Magoo é inspirado em um avião antigo de guerra. A lataria parece ter sido rasgada e recebeu até remendos. Intenção era marcar presença nas pistas.




FONTE:QuatroRodas